Marketing Internacional
Autor: Bruna Lemes • November 4, 2016 • Article Review • 1,839 Words (8 Pages) • 721 Views
Aluna: Tábata Larissa Müller Pereira Matéria: Marketing Internacional
Resenha
- Porque as empresas brasileiras não se internacionalizam
Angela da Rocha inicialmente menciona em seu texto que a revista The Economist aponta questões como custo elevado, escassez de crédito, excesso de burocracia, leis trabalhistas e questões internas como falta de ousadia do empresário, sentimento de inferioridade nacional e controle familiar do empreendimento como os principais motivos das empresas nacionais não se internacionalizarem, já que não se sabe citar o nome de uma empresa multinacional brasileira.
A autora afirma que estes pontos são tanto verdadeiros como não são. Ela acredita que exames mais criteriosos iriam fazer com que determinadas empresas não resistiriam à burocracia, além de o chamado “custo Brasil” que limita a ação empresarial, incentivando as empresas a entrarem no mercado internacional já que há baixa burocracia e baixo custo em outros países. Ela ainda afirma que as empresas multinacionais que atuam com a baixa burocracia e os baixos custos poderiam exportar produtos mais baratos para o Brasil e questiona: Por que não o fazem?
Para responder esta questão a autora divide sua análise em fatores que julga explicar este fenômeno da não internacionalização das empresas brasileiras.
O primeiro fator que ela traz é o geográfico, onde ela enfatiza as fronteiras do Brasil que são em sua maioria demarcadas por obstáculos naturais, como a floresta tropical ao norte, o pantanal a oeste e após a Cordilheira dos Andes que segue pelo continente inteiro. Angela argumenta que apenas ao sul há o contato fronteiriço com o Paraguai, Uruguai e Argentina devido à ausência significativa de obstáculos naturais. Ela compara esta situação brasileira com a pequena e próxima extensão territorial de países da Europa, Japão que fica próximo à China e Coreia, EUA com sua extensa fronteira com Canadá e México e Austrália que mesmo situada no limite do hemisfério sul está próxima ao sudeste asiático e à Nova Zelândia.
A autora faz com que consideremos a posição do Brasil e da América Latina em relação aos outros continentes e às nações desenvolvidas onde o Brasil está distante geograficamente dos grandes eixos de comércio, onde o atlântico está distante do mundo desenvolvido. Ela cita a África como bem posicionada diante da Europa, porém não possui um mercado interessante e nem linhas marítimas e aéreas para se conectar com o Brasil.
Angela ainda chama a atenção questionando os leitores se existe algum outro grande país que se encontre tão geograficamente isolado como o Brasil e a resposta é nenhum se tratando não apenas do difícil transporte de mercadorias, mas também com as implicações desse isolamento no pensamento do brasileiro que estabelece seu interesse pelo exterior.
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