Betapharm
Autor: Luciano Oliveira • May 1, 2016 • Case Study • 984 Words (4 Pages) • 792 Views
1- A Betapharm, empresa farmacêutica que detém 5 à 10% do mercado farmacêutico global e principal atuação na America do Norte, Europa e Japão, havia implementado um sistema Emptoris ePass, que facilitava processos de compras e e-sourcing, melhorando as práticas de leilões reversos exercidas pela companhia. O vice-presidente de compras, por sua vez, possuía grande interesse de analisar a viabilidade da implantação do sistema em outras indústrias como hotelaria e a matéria prima ácido málico.
Em 2002, grandes farmacêuticas mundiais iniciaram uma tendência pela redução de custos de compra, visto que cerca de 50% da receita eram utilizados para a compra de produtos. Assim, haviam tendências para concentração de fornecedores “preferenciais” de modo a construir um relacionamento e colaborarem com a inovação e redução de custos; e também para o desenvolvimento de sistemas de compra que facilitassem a gestão das compras. Portanto, a empresa desejava reduzir suas despesas de compras, que representavam cerca de 7,5 bilhões anuais.
Antes de implementar o sistema Emptoris ePass, também foi testado o sistema de leilão reverso. Este sistema tem o incentivo da diretoria apesar do mal inicio, e já foi leiloado 2,5 bilhões de gastos em 2003.
A Betapharm formava para cada produto comprado um grupo de Sourcing para decidir qual estratégia de Sourcing de cada produto. Ele decide qual modalidade de compra era melhor e selecionava o fornecedor preferencial. Para o produto ser leiloável, deveria haver ao menos 3 fornecedores que se adequassem a todos critérios exigidos pelo grupo de Sourcing. A Betapharm também comparava o risco da estratégia de compras com o valor do gasto associado. Estes leilões reduziram os custos e o tempo de compra dos produtos. Cabe ressaltar que o processo de pré qualificação era bem documentado e estruturado, submetendo os fornecedores a auditorias técnicas e de qualidade. Se o fornecedor não atendesse os pré-requisitos, ele era eliminado ou recebia auxilio da Betapharm para assegurar a qualidade.
A situação atual exigia uma nova analise para os fornecedores da categoria hotéis e ácidos málico.
Pelo fato de viajar muito, os gastos com hotéis giravam em torno de 70 milhões durante 2003, sendo que 80% deles estavam concentrados no Reino Unido e nos EUA. Os funcionários da empresa normalmente escolhiam os hotéis que desejavam, tendo como critérios a proximidade do local desejado para a “reunião”, conforto e bons restaurantes. O fato dos funcionários escolherem o próprio hotel dificultava muito a organização a ter um controle maior dos gastos e de fechar contratos com hotéis para um preço melhor. A Betapharm pensava em utilizar os leilões reversos para cotar os possíveis gastos.
Já o acido málico era um ingrediente chave para o novo remédio chamado Exelon. A Betapharm fornecia a matéria prima para um único fornecedor (Tao) , que produzia o acido málico e este era processado de volta na Betapharm. A Tao era uma empresa que tinha vários negócios com a Betapharm, no entanto o preço da produção do acido era considerado elevado, o que levou a Betapharm a pensar em procurar outro fornecedor em segredo para não estremecer a relação com a Tao. 5 empresas asiáticas surgiram como opção e o grupo de sourcing acreditava que poderia proporcionar economias de 50% em relação ao Tao. Os fornecedores foram informados e fizeram ofertas lacradas para a produção de 650 kilos do acido para testes de qualidade e validação e no futuro próximo seriam solicitados a fazerem propostas de produção de 20 000 kilos do acido para os próximos 3 anos.
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